20/09/19

TAP SGPS – Resultados consolidados dos primeiros seis meses de 2019 (1)

O primeiro semestre de 2019 foi marcado por um período globalmente negativo para a aviação comercial na Europa, tendo os resultados da TAP nesse período acompanhado a tendência de decréscimo verificada nas demais companhias aéreas europeias de bandeira2

Apesar do contexto, a Companhia atingiu um novo recorde no número de passageiros, tendo transportado 7,9 milhões de Clientes nos primeiros seis meses, um crescimento de 4,8% face ao período homólogo. De realçar que nos meses de Julho e Agosto de 2019 foi registado um crescimento de 11,5% face ao período homólogo do ano anterior, consolidando uma trajetória de recuperação iniciada no segundo trimestre. 


O investimento na expansão e renovação da frota prosseguiu com a entrada de 15 aeronaves de última geração (NEO) e a saída de cinco aeronaves antigas. Com isso, a frota da TAP totalizou 106 aviões no fim do semestre. As novas aeronaves possibilitaram à TAP expandir-se para oito novos mercados durante o primeiro semestre, com destaque para o início das operações no Médio Oriente (rota de Telavive) e o reforço do investimento nos EUA, com a contribuição de novas rotas abertas em junho (São Francisco, Chicago e Washington).

Tal investimento possibilitou à TAP obter importantes ganhos de eficiência no semestre, sendo a única companhia aérea europeia de bandeira comparávela reduzir os seus custos operacionais unitários em 8,8% face ao período homólogo, aumentando assim a sua vantagem de custos em relação a essas empresas. A redução de custos operacionais foi ainda beneficiada por uma bem sucedida política de proteção (hedging) dos preços de combustível. 

Os referidos ganhos de eficiência influenciaram positivamente o EBITDAR3 que registou um crescimento de 19,5% face ao primeiro semestre do ano anterior. Concluiu-se ainda no primeiro semestre, com sucesso, o turnaround da ME Brasil, tendo a subsidiária registado um EBITDARpositivo de EUR 3 milhões.


O Resultado Líquido do Grupo TAP no primeiro semestre de 2019 foi de EUR -119,7 milhões4, impactado principalmente pela quebra de receitas de passagens do Brasil de EUR 43,1 milhões e pelo aumento dos custos com pessoal de EUR 35,3 milhões (+10,6% face ao período homólogo) em resultado das novas contratações e das revisões salariais negociadas em 2018. Note-se que o Resultado Líquido do primeiro trimestre de 2019 foi de EUR -110,7 milhões, tendo melhorado para EUR -9 milhões no segundo trimestre (que compara com EUR-26,4 milhões no período homólogo), verificando-se a tendência de recuperação. 


A recuperação registada no segundo trimestre, com as perspetivas que o comportamento dos mercados chave da TAP mostram para o segundo semestre, as reservas registadas no sistema da Companhia e os benefícios crescentemente alcançados com a renovação da frota, deixam a expectativa de atingir este ano um resultado operacional melhor do que em 2018. 


A notável resposta do mercado na emissão obrigacionista concretizada em Junho de 2019, que impactou significativamente os recursos financeiros disponíveis, permitiu à TAP ter uma posição de caixa - indicador especialmente relevante para as companhias aéreas - mais confortável e sem precedentes próximos. A posição de caixa no final do primeiro semestre de EUR 393,5 milhões e a extensão da maturidade média da dívida financeira reforçam a capacidade da Companhia para prosseguir com o seu plano de transformação em curso, que tem como um dos pilares mais importantes e exigentes o investimento na renovação da frota.



(1) A TAP adotou em 1 de janeiro de 2019 a IFRS 16 – Locações, tendo optado pelo modelo retrospetivo modificado na data da transição, o qual não prevê a reexpressão das demonstrações financeiras de exercícios anteriores. 
(2) Considerando as companhias aéreas IAG , Lufthansa e Air France-KLM.     
(3) EBITDAR = EBIT + (Depreciações, amortizações e perdas por imparidade + Rendas de aeronaves + Custos de reestruturação e outros itens não recorrentes).
(4) O Resultado Líquido da subsidiária Transportes Aéreos Portugueses, S.A. no primeiro semestre de 2019 foi de EUR -112 milhões.